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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ela lia ... ( cap 8)

Numa noite quente ela mexe em sua pertences lá encontra um livro ao qual já está tomado pela poeira e sente uma louca vontade de ler mais no do começo ela já havia lido o mesmo livro e como de costume foi ver as partes que havia grifado a tempos atrás abriu na pg 124 onde ela começou a ler de voz alta e a se identificar com o texto que dizia:

"Tente", disse para mim mesma. " Basta abrir a boca e ter coragem para dizer coisas que você não entende. "Tente".
Resolvi tentar. Mas antes, pedi que aquela noite - de um dia tão longo que eu nem conseguia lembrar direito quando havia começado para mim.
Deus parecia ter me escutado. As palavras  começaram a sair mais livres - e foram aos poucos perdendo o significado da língua dos homens. A vergonha diminuiu, a confiança aumentou, a língua começou a fluir livremente. Mesmo que não entendesse nada  do que eu estava dizendo, aquilo fazia sentido para minha alma.
O simples fato de ter coragem suficiente para dizer coisas sem sentindo começou a me deixar eufórica. Eu era livre, não precisava buscar ou dar explicações de meus atos. Esta liberdade me levava até o céu - onde um Amor Maior, que tudo perdoa,  e jamais se sente abandonado, me acolhia de volta.
"Parece que minha fé está voltando", pensava surpresa com todos os milagres que o amor pode fazer. Eu sentia a Virgem ao meu lado me segurando no colo e me cobrindo e me esquentando com seu manto. As palavras estranhas saíam cada vez mais rápido da minha boca.
Comecei a chorar sem perceber. A alegria invadia meu coração, me inundava. Era mais forte que os medos, que minhas certezas mesquinhas, que a tentativa de controlar cada segundo de minha vida.


A moça sentiu uma paz ao ler essa parte. Dormiu teve sonhos bons com uma paz espiritual fora do comum sonhava com um lugar que só ela sabia e entendia. Que tudo colorido era dela e que não era só fruto da sua imaginação.



mahmedeyros

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